Obra:
O seringueiro(participou da exposição dos alunos de Desenho Gráfico da Uninorte(07/2011)
Ano:
2011.
Técnica
utilizada: Acrílica sobre tela (65X80,50).
Autor:João Cardoso
Introdução:
No plano bidimensional todo o quadro está
envolvido por uma luz tênue que aquece a cena, dando ao ambiente uma atmosfera
aconchegante pela claridade do amanhecer. A figura masculina, centro da
composição, é apresentada num desenho impecável. A luz que reflete no corpo, formando
um conjunto de cores claras (cores quentes) que contrasta com o liquido e as
roupas do seringueiro, em tons escuros.
A simplicidade, na figura masculina,
no centro da composição o seringueiro, esta olhando para o liquido (látex)
extraído da seringueira, à sua frente, simplesmente é levado para o cilindro
que está sobre a fumaça.
A população de Seringueiros representa uma
grande leva de pequenas comunidades que vivem espalhadas por toda a Floresta
Amazônica. Estas comunidades ocupam a floresta nos últimos 150 anos, sendo que
algumas delas acabam vivendo isoladas por décadas, estabelecendo interlocução com
comunidades indígenas, incorporando modos de vida, bem como seus mitos. Com a
ocorrência de mitos que carregam elementos das diversas regiões do Brasil. A
força do isolamento que as pessoas se submetem é tão grande que, por vezes, a
constituição textual dos mitos tem uma construção pessoal comparável aos
grandes épicos: enfrentam-se feras como serpentes, onças, peixes perigosos, e,
ao mesmo tempo, entidades míticas da floresta e forças sobrenaturais; isto sem
falar nas situações que requerem o uso de uma força descomunal, ou o
enfrentamento de doenças severas e profundamente debilitantes, obrigando cada
um deles a ser um vencedor, um herói solitário.
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